segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Gosto do caos, porque faz com que a gente mude. Gosto do caos porque ele parece (desculpem a comparação barata) um liquidificador que mistura tudo quando se quer fazer uma torta. No final, o que vale é o sabor, o gosto, o que mata a fome. Gosto do caos porque ele é bem parecido comigo, intenso e confuso. Gosto do caos porque ele é como o fim, belo e incerto... depende de como você vê. O caos transforma, inspira, fortalece, abre caminhos e às vezes o caos limpa. É um vento forte, que arrasta tudo pra longe, é uma chuva inesperada que molha, que acaba com tudo que é sujo. O caos vive em conflito com a calmaria. Mas a paz vem do caos, porque só damos valor à paz quando conhecemos o caos. E a minha vida esta assim, um caos. E não ligo, porque logo após a bagunça, vou sentir a paz. E cada pedaço da vida vai saindo do conflito de leve. Falo sobre o caos porque ele faz com que todos os órgãos do seu corpo vibrem, você sente medo, e acha a coragem, porque sabe que precisa sobreviver. Você sente frio e procura onde se aquecer. Você descobre a solidão e percebe dentro de você o quanto vale o carinho de alguém. O caos fortalece, quem deixa, que aceita e quem muda. Porque a vida é o próprio caos, quando você não faz nada pra mudar, quando sabe que está tudo errado e mesmo assim fica esperando que ela faça pra você, ela faz... de uma única vez! Estou na busca, vivendo o caos e o tempo que ele dura é longo. Pois ele limpa cada pequena fresta, ele tira todo lixo entulhado dentro do coração. E hoje eu entendi que o caos em que vivo, é a maneira mais intensa que tenho de me conhecer. Eu busco alguma coisa que ainda não sei o que é. Eu sinto que nesse caos, a paz exerce a felicidade tão procurada, aquela almejada e desejada. A minha paz está infinitamente em luta com o caos em que vivo. É tudo tão confuso e tão mágico. Porque hoje acordei sentindo que ele esta se dissolvendo aos poucos e daqui uns dias vou sentir falta da bagunça... Porém vou gostar de ter ordem e sentir de leve as borboletas na barriga. Eu quero a paz, mas aceito a desordem do caos, pra que eu entenda e aprenda a valorizar a vida! Estou calma, paciente, afinal de contas, o tempo é incerto... é aquela velha regra, a inexorável ação do tempo.